Funcionários do Hospital de Caridade vão realizar passeata em protesto ao não recebimento dos salários

22/08/2018

Na manhã desta quarta-feira (22), funcionários do Hospital de Caridade de Palmeira das Missões vão realizar uma passeata em protesto ao atraso nos salários, que acontece há mais de um ano. A mobilização acontece às 10 horas em frente ao hospital.

Na oportunidade, o Sindisaúde entregará uma carta aberta à população palmeirense, confira na íntegra: 

 

“CARTA ABERTA À POPULAÇÃO DE PALMEIRA DAS MISSÕES

 

A direção do SINDISAÚDE, que representa os funcionários do Hospital de Caridade, vem a público denunciar que a crise naquela instituição persiste e vem se agravando consideravelmente.

Não é exagero dizer que o hospital continua com suas portas abertas e prestando atendimento por um milagre. Mas não é, pois resulta do empenho e de um imenso sacrifício de seus funcionários.

Não bastando que eles estejam há mais de um ano trabalhando com atraso de mais de mês no recebimento dos seus salários, atuam de modo precário e com reduzido número de trabalhadores por setor. A enfermagem, a higienização, a copa e a cozinha são exemplos disto. Parece impossível, mas apenas duas pessoas cozinham e servem a todo o hospital. 

A comunidade pode não estar sentindo, em seu atendimento, o desmonte do hospital, por conta do empenho de quem lá trabalha, mas uma nova paralisação não pode ser descartada como forma de advertir e apontar a crise.

No entanto, trabalhar dois meses para receber um, pagando juros e multas de cartão de crédito, tendo o abastecimento de água e luz cortadas e sendo despejados de suas residências é uma situação insustentável.

O SINDISAÚDE e os trabalhadores por nós representados vêm buscar o empenho da comunidade no sentido de cobrar da administração municipal, do Legislativo e da Comissão Interventora do Hospital de Caridade uma solução para a crise.

E bom ressaltar que, embora o contrato de intervenção entre a Prefeitura Municipal e a Associação do Hospital de Caridade exista desde 2013, não tenha sido renovado em 2018. A Prefeitura também possui uma dívida de cerca de R$ 600 mil não pagos ao hospital em 2017, o que poderia colocar a folha de pagamento em dia. Isto é responsabilidade do prefeito como interventor.

Este é um pedido de SOCORRO, porque amanhã cada um dos moradores de Palmeira das Missões pode não ter mais onde e por quem ser atendido em caso de necessidade de atendimento médico e hospitalar.

Terezinha Perissinotto

Presidente do SINDISAÚDE de Passo Fundo e Região.”

 

DIVULGAÇÃO/SINDISAÚDE