Professores que fazem a diferença na vida de seus alunos

15/10/2020

Neste dia 15 de outubro é comemorado do Dia do Professor e como já dizia Charlie Brown numa de suas tirinhas, o professor faz toda diferença!

A pandemia de coronavírus nos fez refletir sobre a nossa capacidade de se reinventar frente às mais diferentes situações. Na educação, o ensino à distância, visto, muitas vezes, como algo a ser usado somente em ocasiões especiais, foi determinante para que alunos e professores pudessem seguir com suas aulas, de forma que 2020 não fosse um ano letivo também perdido.

Os desafios são imensos e estão sendo driblados diariamente. Apesar de tudo, a criatividade aliada a didática, são essenciais para que os professores chamem a atenção dos seus alunos e façam uma diferença ainda maior neste momento.

E para se ter uma ideia da importância de um professor na vida de seu aluno, vamos contar uma história inspiradora. Em Palmeira das Missões, a professora de língua portuguesa e literatura da Escola Estadual de Educação Básica Polivalente, Elisete Cazzuni, conta como surgiu o desejo de ser docente. Com uma longa caminhada no magistério, ela se espelhou nos seus mestres, nos ensinamentos mais simples e mais profundos, nos detalhes de cada um deles. “Quantas coisas eu aprendi. Quantos desafios vencidos. Ufa! Quantas vezes me perdi e me localizei em tantos lugares e eles me reportavam ao Meu Professor”, diz.

O mestre que Elisete menciona no final de sua fala é Affonso Modkowski, professor de História, Geografia e diretor da Escola Estadual de Ensino Médio de Faxinalzinho no Rio Grande do Sul.

De acordo com a professora, Affonso foi sua inspiração e além de marcar, definiu para sempre sua vida profissional. “Eu era adolescente naquela época e jamais perdia aquelas aulas inspiradoras: após o Mestre fazer a chamada, saíamos para o pátio da escola para aprender os pontos cardeais: com a bússola do professor procurávamos objetos escondidos pela escola. Como aprender sobre paralelos, o Meridiano de Greenwich e a Linha do Equador? Simples: sentávamos todos na grama e através de uma laranja e seus gomos vinha a explicação; após cortava-a ao meio, explicando mais detalhadamente sobre o globo terrestre e no final de tanto conhecimento “devorávamos o mundo”. Como não amar todos os professores que passaram e passam pela minha vida, com tanta vontade de nos ver crescer, de incentivar o potencial de cada um? E num piscar de olhos, lá estava eu, de aluna a colega de profissão dos meus amados Mestres. O sonho se transformou em realidade, era tão estranho chamá-los de colega, o respeito por eles era e é tão grande que me via e me vejo sempre como uma aprendiz”, contou.

Segundo ela, sua história e a trajetória na docência foram traçadas juntas desde o início. “Fui professora na escola que estudei, fui professora de meu irmão, já fui professora de tanta gente! E como Eles nos ensinaram a viajar pelo mundo, cá estou eu nesta cidade que aprendi a amar. Em Palmeira das Missões continuo escrevendo minha história de vida, de sonhos e de um mundo cada vez melhor”.

Em essência, a atuação dos docentes sempre envolveu uma entrega única e, dessa maneira, os alunos poderiam aproveitar o melhor que a educação poderia proporcionar. Entretanto, essa constatação ficou ainda mais óbvia para a sociedade, sobretudo para os pais e responsáveis, durante a pandemia. Ser professor, diante de tantas dificuldades, tornou-se um verdadeiro ato de superação e amor pela educação.

O período em que vivemos, não envolve apenas superação dos professores, mas também outras preocupações, sobretudo a respeito do equilíbrio emocional dos mesmos. Atualmente, diante do desconhecido e do inesperado, é precisa enaltecer cada vez mais a importância e a diferença que os grandes mestres fazem na vida de cada um.

E se no passado, como na história de Elisete e Affonso os professores já inspiravam, imagine no presente em que muitos precisaram superar várias barreiras para continuar ministrando aulas. Diante disso, quando perguntarem o que fazem os professores, responda com entusiasmo: “A diferença. Eles fazem a diferença!”.

Carine Zandoná Badke/TP