Ações conscientizam sobre a prevenção do suicídio

14/09/2018

As estatísticas do suicídio preocupam. No Brasil, há um suicídio a cada 45 minutos. Os dados mundiais indicam que ocorre uma tentativa a cada três segundos e um suicídio a cada 40 segundos. Provocar o fim da própria vida está entre as principais causas das mortes entre jovens, de 15 a 29 anos, e também de crianças e adolescentes. No Rio Grande do Sul, a cada 100 mil habitantes, 10,14 morreram por suicídio. Esse número é quase o dobro da média nacional, que é de 5,4. Em Palmeira das Missões foram oito casos em 2017 e dois em 2018.
Entre as campanhas de prevenção propostas durante todo o ano, o mês de setembro é marcado pela realização de atividades alusivas à campanha Setembro Amarelo, dedicado à conscientização sobre a prevenção dos casos de suicídio. Em Palmeira das Missões, a equipe do CAPS – Centro de Atenção Psicossocial, distribuiu panfletos com orientações quanto a abordagem e encaminhamentos de pessoas com ideação suicida na praça Paulo Ardenghi. As atividades foram realizadas na segunda-feira (10), data lembrada como o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.
Sinais
Um dos falsos mitos sociais em torno do suicídio é que a pessoa que tem intenção de tirar a própria vida não avisa, não fala sobre isso. Entretanto, isso não é verdade. Familiares e amigos devem considerar seriamente todos os sinais de alerta que podem indicar que a pessoa está pensando em suicídio: falar de suicídio, não mostrar esperanças para o futuro, afastar-se do convívio de familiares e amigos, despedidas, comportamento autodestrutivo, estado repentino de calma depois de um período extremamente depressivo, foco na morte (escrever poemas ou histórias sobre a morte, por exemplo), mudar subitamente hábitos alimentares e de sono, organizar detalhes pendentes no trabalho e na vida pessoal, desfazer-se de objetos de estimação.
Sabe-se que outros fatores como a perda de emprego, crises políticas e econômicas, discriminação por orientação sexual e identidade de gênero, agressões psicológicas e/ou físicas, sofrimento no trabalho, diminuição ou ausência de autocuidado, podem ser fatores que vulnerabilizam, ainda que não possam ser considerados como determinantes para o suicídio. Sendo assim devem ser levados em consideração como alerta.
O que fazer
Diante de uma pessoa sob risco de cometer suicídio:
- Encontre um momento apropriado e um lugar calmo para falar sobre suicídio com essa pessoa. Deixe-a saber que você está lá para ouvir, ouça-a com a mente aberta e ofereça seu apoio.
- Incentive a pessoa a procurar ajuda de profissionais de serviços de saúde, de saúde mental, de emergência ou apoio em algum serviço público. Ofereça-se para acompanha-la a um atendimento.
- Se você acha que essa pessoa está em perigo imediato, não a deixe sozinha. Procure ajuda de profissionais, conforme item anterior.
- Se a pessoa com quem você está preocupado (a) vive com você, assegure-se de que ele (a) não tenha acesso a meios para provocar a própria morte (por exemplo pesticidas, armas de fogo ou medicamentos) em casa.
- Fique em contato para acompanhar como a pessoa está passando e o que está fazendo.
O CAPS fica na rua Arminda Portela, 357 no Bairro Portela. O telefone para contato é (55) 3742.4893.

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