Obra no Instituto Borges do Canto está paralisada

14/09/2018

Tradicional e marcante entidade de ensino de Palmeira das Missões e região, o Instituto Estadual de Educação Borges do Canto segue interditado. A interdição ocorreu em abril de 2018 e atendeu a uma determinação do Ministério Público Estadual, após o Corpo de Bombeiros constatar a iminência de risco oferecido para a comunidade escolar em decorrência dos problemas no sistema elétrico. Desde então, a comunidade vive a expectativa pela reabertura do local.
Obras de readequação da rede elétrica e outras estruturas iniciaram em junho, no entanto, foram interrompidas após falta de repasse financeiro para a empresa vencedora da licitação, que prevê término dos reajustes em cerca de 180 dias.
A diretora do Instituto, Mara Donati, mostra otimismo e revela que todos nutrem uma grande expectativa para a volta. “Espero que a obra seja concluída o mais breve possível, pois todos estamos ansiosos para retornar”. Comenta a diretora. Mara ainda afirma que a obra está dentro do prazo: “O prazo que nos deram por meio da coordenação regional foi de 180 dias, portanto, ainda resta um bom tempo para a finalização das obras, e é o que queremos, não podemos deixar se destruir um patrimônio da comunidade”.
Mara também explica que o sentimento de expectativa não é apenas por parte da direção. “Os alunos, professores e funcionários merecem estudar e trabalhar no seu espaço escolar, na sua verdadeira casa”, afirma. Atualmente, as aulas e atividades do Instituto Borges do Canto são realizadas em espaço cedido por empréstimo pela Fundação UPF.
A advogada Tatiana Fortes é mãe de um aluno da instituição e faz parte de uma comissão criada por professores e pais, que tem como objetivo acompanhar o andamento das obras. “Nós pais estamos nos organizando para continuar reivindicando. Essa situação é dificultosa para todos, existem pais que pagam transporte, crianças que vem de longe, e isso não pode continuar”.
Segundo Tatiana, há uma indignação muito latente entre os pais de alunos, pois esses enxergam como um descasborgeso a morosidade do andamento da obra, ao mesmo tempo que sabem que a direção da mesma faz um grande esforço para que tudo volte ao normal.
A escola possui cerca de 800 alunos e 62 anos de história. Nos próximos meses, a expectativa é pela volta dos trabalhos na obra, enquanto isso professores, pais, e alunos esperam com ansiedade a volta à “antiga casa”.

CARINE ZANDONÁ BADKE - RODRIGO D'AVILA